sábado, 10 de julho de 2010

Não havia remédio...


Não havia remédio, nem vacina no mundo que fizesse controlar aquela dor horrível que sentia, me sufocava tudo aquilo, nem sei se até mesmo o teu amor poderia me curar, estava tornando-se crônico.

Não suportava olhar pra você naquele carro vermelho com ela, seus olhos de compaixão, como se estivesse sentindo pena de mim, o que eu realmente desejava era estar ali naquele banco de passageiros ao seu lado segurando minha mão em cima da minha perna esquerda como sempre fazia, onde a cada linha reta me dava um beijo no rosto sorrindo...Está me fazendo até mal lembrar esses bons momentos, pois cada vez mais estou remoendo-me de muita dor e tristeza por saber que não sou eu e sim ela, logo ela que tanto odiava.

Estava cansada de tudo, daquela vida, das pessoas, nada nem ninguém me agradava mais, preferiria morrer ou desligar-me do mundo por uns tempos, tudo isso por sua causa nada fazia mais sentindo, não sem você. Não sabia mais a diferença entre o bem e mal, entre o amor e ódio, estava com a pior seqüela do amor, a depressão.

Precisava que alguém me salvasse daquele frio, daquela terrível solidão e a única pessoa que poderia me tirar do fundo do poço era você, mas totalmente impossível, pois estava totalmente ocupado com aquela bruxa, que o roubou de mim. Ah... como queria neste momento você me pedindo pra eu parar de olhar daquela forma que te deixava louco e que somente eu sabia te seduzir daquele jeito, você passando a mão por meus cabelos e me dizendo que era linda e que me amava muito, olhando pra mim rindo com aquele tal sorriso que tornara um dicionário pra mim, era através dele que descobria o significado de qualquer palavra, era você que fazia feliz.

Não me importava se me tirassem todas as minhas roupas, pois você me aquecia com o calor do teu corpo, nem se tirasse também toda a comida de mim, o seu amor era o bastante para manter-me alimentada, que me tirassem o céu, em você via as estrelas e até mesmo os planetas mais distantes como plutão, que me tirasse o chão, você era o bastante para me deixar sempre em pé, enfim que me tirassem a minha própria vida, pois sem você ela já não tinha importância alguma, mas nunca que me tirassem você. É, eu te amo !

Jessica Lima 10-07-2010(03:50)

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