sexta-feira, 15 de outubro de 2010
Uma crise desvairada!
É o seguinte, estou aqui chorando feito uma desvairada, com um copo vermelho do lado e uma garrafa de vodka, daquelas polonesas bem fortes, acabando por completo com o estoque de cigarros do boteco da esquina.
Já chorei, já bebi, já fumei, já quebrei toda minha coleção de copos vermelhos e essa imbecil crise existencial não passa, deve ser aquela velha saudade adormecida que resolveu acordar depois de tanto tempo, só que ela dormiu demais e ao despertar, deparou-se com tudo diferente, as coisas haviam mudado, as pessoas haviam mudado. E a saudade? A saudade ta aqui, resmungando, questionando-me o motivo de tudo está diferente, quer dormir, mas não consegue, está com insônia! E eu? Sinceramente, não sei explicar o motivo das coisas não estarem como antes. É... Eu nunca sei de nada.
Só quero parar de chorar, estou me sentindo sufocada... Deve ser a fumaça do cigarro. Estou com enjôos e com as pernas cambaleando... Deve ser a vodka. Estou sentindo saudade... Deve ser a tua falta. Estou sangrando... Meu Deus é sangue de verdade... Ah sim, são os cacos de vidro dos copos quebrados que pisei sem querer, mas nem doeu, eu nem senti! Não entendo, porque não senti os cacos de vidro atravessando a camada superficial epitelial do meu pé, mas senti a tua falta, a tua ausência, mesmo distante, eu sinto teu cheiro, eu sinto tua pele tocando a minha... Eu sinto você!
Não quero mais você, definitivamente!
Que foda-se o mundo! Eu preciso e prefiro outra garrafa de vodka, outra coleção de copos e mais cigarros (:
Jessica L.
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